Os códigos maliciosos mais comuns da Internet brasileira são os "bankers
pragas digitais que roubam principalmente as senhas de acesso aos serviços de internet banking. A palavra “banker” é uma variação dos termos “cracker” e “hacker”: assim como o “phreaker” é especializado no sistema telefónico e o “carder” em cartões de crédito, o “banker” se especializa em bancos. Como funciona o ataque de um “banker”, da infecção do sistema até o roubo das informações bancárias?
Disseminação
A maioria dos bankers pode ser considerada um “cavalo de troia”, ou seja, eles não se espalham sozinhos. Quem dissemina a praga é o próprio criador do vírus e, uma vez instalado no sistema da vítima, o código malicioso tentará apenas roubar as credenciais de acesso e não irá se espalhar para outros sistemas. Existem excepções: alguns desses vírus conseguem se espalhar por Orkut e MSN, por exemplo.
Mesmo que o vírus consiga se espalhar sozinho, ele precisa começar em algum lugar. Tudo geralmente começa em um e-mail

Depois de abrir o e-mail infectado, internauta será convidado a baixar o vírus.
O vírus acima será chamado de “banker telegrama” por causa da isca utilizada pelos defraudadores. Este ecran de confirmação de download aparece assim que o internauta tenta aceder o link oferecido no e-mail malicioso. Neste caso, o e-mail diz ser um telegrama. É possível verificar que o endereço do site não tem nenhuma relação com “telegrama”, mas o nome do arquivo, sim.
Os criminosos também podem invadir algum site conhecido para infectar os visitantes. Isso já aconteceu com o site das operadoras Vivo e Oi e com o time de futebol São Paulo FC.
Neste final de semana, foi a vez do site da fabricante de bebidas AmBev sofrer um ataque. Quem visitou o site correu o risco de ver a mensagem na foto abaixo e, se clicasse em run, ser infectado. Essa praga será referida mais adiante como “banker applet” devido à técnica de contaminação usada – a janela intitulada “Security Warning” (“Aviso de Segurança”) pede a confirmação da execução de do que se chama de “applet” no jargão técnico, mas que é na verdade um programa quase normal. “Run” significa “executar”. Ao dar um único clique em “run”, o internauta está efectivamente executando um software no PC que, neste caso, é um vírus.

O vírus acima será chamado de “banker telegrama” por causa da isca utilizada pelos defraudadores. Este ecran de confirmação de download aparece assim que o internauta tenta aceder o link oferecido no e-mail malicioso. Neste caso, o e-mail diz ser um telegrama. É possível verificar que o endereço do site não tem nenhuma relação com “telegrama”, mas o nome do arquivo, sim.
Os criminosos também podem invadir algum site conhecido para infectar os visitantes. Isso já aconteceu com o site das operadoras Vivo e Oi e com o time de futebol São Paulo FC.
Neste final de semana, foi a vez do site da fabricante de bebidas AmBev sofrer um ataque. Quem visitou o site correu o risco de ver a mensagem na foto abaixo e, se clicasse em run, ser infectado. Essa praga será referida mais adiante como “banker applet” devido à técnica de contaminação usada – a janela intitulada “Security Warning” (“Aviso de Segurança”) pede a confirmação da execução de do que se chama de “applet” no jargão técnico, mas que é na verdade um programa quase normal. “Run” significa “executar”. Ao dar um único clique em “run”, o internauta está efectivamente executando um software no PC que, neste caso, é um vírus.

Um especialista da empresa antivírus Kaspersky informou que o conhecimento dos hackers brasileiros era de “nível técnico”. Os meios de infecção mostrados acima são realmente muito simples.
Um ataque avançado poderia ter contaminado o computador de teste usado pela coluna sem a necessidade de autorizar o download, porque o sistema estava desatcualizado e com diversas brechas de segurança passíveis de exploração. Mais adiante será possível ver outros deslizes técnicos dos golpistas.
Infecção

Arquivo tenta disfarçar -se de programa da Adobe, mas não esconde o amadorismo: nem o ícone foi falsificado.
A grande maioria dos vírus brasileiros é muito simples: resumem-se a um ou dois arquivos no disco rígido, executados automaticamente quando o sistema é iniciado. Quem puder identificar os arquivos e apagá-los terá um sistema novamente limpo. Existem algumas pragas bem mais sofisticadas, mas não são muito comuns.
No caso do Banker Telegrama, o vírus se instala numa pasta chamada “Adobe” em “Programas” com o nome “AcroRd32.scr”, numa clara tentativa de se passar pelo Adobe Reader (que tem exactamente o mesmo nome, mas com extensão “.exe” e fica em outra pasta).
Mas os golpistas esqueceram de trocar o ícone. O ícone usado pelo vírus é padrão de aplicativos criados na linguagem de programação Delphi, muito utilizada pelos programadores brasileiros (tanto de softwares legítimos como vírus).

Nenhum comentário:
Postar um comentário